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08/11/2011

Carrefour faz alerta de lucro após fracasso de fusão no Brasil

MARK POTTER E LEILA ABBOUD - REUTERS

O Carrefour emitiu um quarto alerta de lucro em um ano nesta quarta-feira depois que um plano para aumentar preços não teve sucesso e uma potencial fusão no Brasil fracassou, pelo menos por ora.



As ações do grupo varejista francês caíram ao menor nível em dois anos depois que a empresa afirmou que em relatório de vendas de segundo trimestre que espera que o lucro operacional do primeiro semestre caia 23 por cento. A empresa também reconheceu que cometeu um erro ao ter aumentado preços no início do ano, antes de alguns rivais.


"Este é claramente outro alerta de lucro, o segundo em um mês. "Fique longe da ação", disse um operador baseado em Paris.


A mais recente decepção vai adicionar mais pressão sobre o presidente-executivo, Lars Olofsson, cujo ambicioso plano de transformação do Carrefour, lançado em 2009, está obtendo poucos progressos.


As ações do Carrefour acumula queda de 44 por cento desde setembro do ano passado, mas o sueco parece ter apoio do importante acionistas do grupo, a Blue Capital, uma aliança entre o bilionário do setor de luxo Bernard Arnault com a norte-americana Colony Capital. No mês passado, o Carrefour afirmou que tornaria Olofsson presidente do conselho de administração da empresa, além do posto de presidente-executivo.


A companhia prometeu se concentrar em manter preços baixos, enquanto contém gastos com promoções e programas de fidelidade.


"O estimativa de resultado do primeiro semestre de hoje é menor que nossas estimativas e implica que o progresso de 13,3 por cento no segundo semestre (de modo a elevar o lucro anual) parece agora muito esticado em nossa avaliação", disse o analista Andrew Kasoulis, do Credit Suisse.


As ações do Carrefour foram atingidas duramente na terça-feira, depois que o empresario Abilio Diniz abandonou o plano que tinha de unir o grupo Pão de Açúcar com as operações brasileiras do Carrefour. A desistência ocorreu depois que o BNDES oficializou saída da operação em meio à forte oposição do sócio de Diniz no Pão de Açúcar, a rede francesa Casino.