Custeio por Absorção é um processo de
apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos
e variáveis) em cada fase da produção. Logo um custo é absorvido quando for
atribuído a um produto ou unidade de produção, assim cada unidade ou produto
receberá sua parcela no custo até que o valor aplicado seja totalmente
absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais. Nos
Estados Unidos é conhecido com o nome de Custo Convencional.
diferenças
entre Custeio por Absorção e Custeio Direto
Conhecido como Custeio Direto é um tipo
de custeamento que consiste em considerar como Custo de Produção do Período
apenas os Custos Variáveis incorridos. Os Custos Fixos, pelo fato de existirem
mesmo que não haja produção, não são considerados como Custos de Produção e sim
como Despesas, sendo encerradas diretamente contra o resultado do período.
Desse modo, o Custo dos Produtos Vendidos e os Estoques Finais de Produtos em
Elaboração e Produtos Acabados só conterão custos variáveis. Uma outra
diferença em relação Custeio por Absorção, esta de natureza formal, reside na
maneira de apresentar a Demonstração de Resultado. No Custeio Variável, a
diferença entre o valor de Vendas Líquidas e a soma do Custo dos Produtos
Vendidos (que só contém Custos Variáveis) com as Despesas Variáveis
(administrativas e de vendas) é denominada de Margem de Contribuição.
Deduzindo-se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtém-se o Lucro
Operacional Líquido.
Vantagens e Desvantagens do Custo Variável
Vantagens
Impede que aumentos de produção que não
correspondam a aumento de vendas distorçam o resultado: Como os Custos Fixos
são abatidos diretamente do resultado no Custeio Variável, o aumento de
produção desvinculado do aumento de vendas não provoca qualquer alteração no
lucro líquido da empresa
É uma ferramenta melhor para a tomada
de decisões dos administradores. O uso do Custeio por Absorção pode induzir a
decisões errôneas sobre a produção.
Desvantagens
No caso de Custos Mistos (custos que
têm uma parcela fixa e outra variável) nem sempre é possível separar
objetivamente a parcela fixa da parcela variável.
Embora existam técnicas estatísticas
para efetuar tão divisão, muitas vezes ela é tão arbitrária quanto a rateio dos
CIF no Custeio por Absorção.
O Custeio Variável não é aceito pela
Auditoria Externa das empresas que tem capital aberto e nem pela Legislação do
Imposto de Renda, bem como por uma parcela significativa de contadores.
A razão disto é que o Custeio Variável
fere os princípios contábeis geralmente aceitos, em especial os Princípios de
Realização de Receitas, de Confrontação e da Competência. Estes princípios
estabelecem que os custos associados aos produtos só podem ser reconhecidos à
medida em que estes são vendidos, já que, somente quando reconhecida a receita
(por ocasião da venda), é que devem ser deduzidas todos os sacrifícios
necessários à sua obtenção (Custos e Despesas). Como o Custeio Variável admite
que todos os Custos Fixos sejam deduzidos do Resultado, mesmo que nem todos os
produtos sejam vendidos, ele violaria tais princípios.
Analisando os métodos de custeio em
separado nota-se que são antagônicos, porém complementares em relação as
necessidades das empresas, pois, enquanto o custeio por absorção atende aos
Princípios da Contabilidade e à Legislação Fiscal, a variável fornece
informações para a tomada de decisão. O mais indicado seria a utilização dos
dois métodos, tanto para atender ao Fisco quanto as necessidades internas da empresa,
pois nem a Auditoria Externa nem a legislação fiscal impedem a adoção de
critérios durante o ano diferentes dos adotadas nas demonstrações contábeis no
final do exercício.
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entre Custeio por Absorção e Custeio Direto? Em caso afirmativo, não deixe
de nos enviar um comentário, é sempre um prazer interagir com os leitores. Caso
queira se aprofundar em contabilidade de custos, existe um case
super inte