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15/05/2018

Varejo alimentar vive momento de transformação digital, diz GPA

Com o crescimento do comércio eletrônico, o presidente do GPA destacou que as lojas físicas atravessam um momento desafiador
São Paulo – O presidente do 
Grupo Pão de Açúcar (GPA), Peter Estermann, disse nesta terça-feira que o varejo alimentar passa por um momento de transformação digital significativo.Segundo o executivo, as lojas regionais, que têm grande potencial de crescimento, podem ainda ajudar no processo de multicanalidade do varejo alimentar.“As lojas de proximidade passam a ser um ponto de retirada muito importante”, disse o executivo em evento em São Paulo, acrescentando que a multicanalidade é uma realidade já instalada no Brasil no caso de bens duráveis e que está “apenas começando no varejo alimentar”.Com o crescimento do comércio eletrônico, o presidente do GPA, que tem entre as suas marcas os supermercados Extra e Pão de Açúcar, destacou que as lojas físicas atravessam um momento desafiador, mas com oportunidades de integração de canais. A logística, contudo, ainda é um desafio para a fusão dos meios de compra, uma vez que quando o cliente é direcionado para uma loja física, esta precisa ter o produto disponível.“O desafio está mais em toda cadeia do que dentro da loja em si”, disse Estermann, acrescentando que a integração dos canais demanda investimentos em treinamento para que os funcionários das lojas físicas estejam preparados para atender os clientes de multicanais.Além da possibilidade de compras online, a digitalização do varejo passa por mudanças também nas lojas físicas, como a modernização de formas de pagamento. Para o executivo, a implantação de auto atendimento para pagamento é o próximo passo no Brasil.O presidente-executivo do Carrefour Brasil, Noël Prioux, também vê a tecnologia como ferramenta para melhorar o desempenho das lojas físicas.“Estamos trabalhando para reduzir o tempo para pagamento nas lojas. Vamos ter opções para ganhar tempo”, disse Prioux.
Fabricantes
O presidente do GPA minimizou os riscos de aumento da concorrência por meio da venda direta de fabricantes aos consumidores, afirmando que as redes de varejo têm o diferencial logístico, além do conhecimento do cliente.“O fabricante tem sua rede e pode fazer venda direta para o consumidor, mas escala, conhecimento de clientes e eficiência logística fazem diferença”, disse Estermann.