Cotação

24/02/2013

Declaração do IR com cartão com chip deve se tornar obrigatória

Contribuintes que tiveram rendimentos em 2012 acima de R$ 10 milhões – sejam eles tributáveis (como rendas provenientes de trabalho, aluguéis e pensões), isentos (como rendimento de poupança, FGTS), não tributáveis (como férias indenizadas) e tributados exclusivamente na fonte (como ganhos de loterias e de capital financeiro) –, ou pagaram a pessoas jurídicas ou físicas valores acima de R$ 10 milhões, devem entregar a Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda com o uso do certificado digital. Segundo a Receita Federal, o dispositivo traz “ainda mais” segurança à transmissão de dados e a expectativa é que nos próximos anos esse certificado seja usado por contribuintes com rendimentos menores. “A tendência é abaixar o valor dos rendimentos (para a utilização dos certificados)”, afirmou Luiz Monteiro, auditor da Receita Federal em São Paulo. Segundo o auditor, hoje o dispositivo já é utilizado também por empresas. “Os dados transmitidos pela internet para a Receita são seguros, nunca houve problema, mas é uma tendência que os certificados passem a ser utilizados”. Monteiro afirma que, atualmente, os preços para ter o certificado saem, em média, por R$ 200. E a tendência, diz o auditor, é que no futuro o equipamento continue sendo fornecido ao mercado por terceiros, como bancos e empresas de contabilidade. Os certificados estão disponíveis em duas versões: a primeira por meio de um programa instalado no computador do contribuinte e a segunda por meio de cartões com chip, que são plugados à máquina onde será feita e enviada a declaração do IR. Ambos os certificados dependem da emissão por empresas habilitadas pela Receita Federal. Essas companhias fazem o cadastro com os dados do usuário e instalam os dispositivos nas máquinas. Segundo a Receita, a opção do cartão com chip é a mais segura. Com o certificado digital, diz o órgão, há uma segurança maior de que os dados enviados partem de determinado contribuinte e que as informações chegarão à Receita Federal. Além disso, o certificado garante que as informações trocadas pela internet não serão lidas por terceiros ou alteradas durante a transmissão. Informações sobre empresas autorizadas a emitir a certificação podem ser encontradas no site da Receita. O prazo para enviar a declaração vai de 1º de março a 30 de abril. A declaração poderá ser feita pela internet ou entregue em disquete nas agências do Banco do Brasil e da Caixa. O contribuinte que realizar a declaração do imposto fora do prazo deverá pagar uma multa mínima de R$ 165,74 ou até 20% do valor do imposto devido. Confira quem deve fazer a declaração do IR em 2013: 1- recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 24.556,65 2- recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil 3- obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas 4- relativamente à atividade rural: a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 122.783,25. b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2012 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano calendário de 2012; 5 - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil. 6- passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro; 7- optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital proveniente da venda de imóveis residenciais por ter aplicado o capital na aquisição de outro imóvel localizado no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da venda do primeiro imóvel Veja quem será dispensado da declaração: 1- Quem participa de sociedade conjugal ou união estável, e tenha os bens comuns declarados pelo outro cônjuge ou companheiro, não precisará fazer a declaração desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda R$ 300 mil 2 - Caso conste como dependente em Declaração de Ajuste Anual apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua 3- Contribuintes ou dependentes que, em 31 de dezembro de 2012, tinham saldo de conta corrente bancária e demais aplicações financeiras com valor unitário de até R$ 140; tinham bens móveis - exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os direitos -, cujo valor unitário seja inferior a R$ 5.000; tinham um conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, bem como ouro ou outro ativo financeiro, em que valor seja inferior a R$ 1.000; dívidas cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000 JB

Câmara aprova MP que desonera a folha de pagamento de diversos setores da economia

As empresas vão deixar de pagar contribuição de 20 % sobre a folha e em troca vão desembolsar um percentual do faturamento.... A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (20) a Medida Provisória (MP) 582 que, entre outras medidas, amplia a desoneração da folha de pagamento. Inicialmente, a MP previa ampliar os benefícios da desoneração da folha para 15 setores, mas o relator da matéria, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), incluiu como beneficiários mais 33 segmentos econômicos. A MP segue agora para apreciação do Senado Federal, onde precisa ser aprovada até o dia 28 próximo. Se isso não ocorrer, ela perderá sua eficácia e irá para o arquivo. A proposta estende a vários setores a tributação sobre o faturamento em troca da contribuição incidente sobre a folha de pagamentos. Asempresas vão deixar de pagar contribuição de 20 % sobre a folha e em troca vão desembolsar um percentual do faturamento. Durante a apreciação das emendas e destaques que pretendiam alterar o texto do relator, os deputados aprovaram três propostas. Uma delas foi apresentada pelo PPS e permite a adesão facultativa de empresas dos setores beneficiados com a desoneração da folha. O governo queria que a adesão fosse por setor e não individualmente por empresa. Os deputados também aprovaram um destaque que aumenta de 1% para 4% o limite de dedução do Imposto de Renda devido nas doações de pessoa física e jurídica para o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência. Um destaque apresentado pelo DEM ao texto da MP e aprovado pelos deputados retirou da proposta o dispositivo que pretendia modificar o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), excluindo o uso do critério técnica e preço no julgamento de obras por contratação integrada. Com a aprovação do destaque, ficou mantida a obrigatoriedade de avaliação técnica e preço como critério para a seleção de empresas. Entre os 33 setores incluídos pelo relator Marcelo Castro, como beneficiários da MP, estão fabricantes de armas; serviços de táxi aéreo e transporte metroviário, ferroviário e rodoviário de passageiros; empresas de assistência à saúde no atendimento hospitalar; empresas de prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária; bombas, granadas e outros equipamentos militares; e indústrias que utilizarem resíduos sólidos na fabricação de produtos. O deputado Marcelo Castro também defendeu a emenda, incluída na MP, que aumenta de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões o limite para enquadramento de empresas no sistema de tributação por lucro presumido. Segundo ele, essa é uma MP do bem, porque estimula a economia, a redução do custo Brasil e contribui para a geração de emprego e para a competitividade. Agência Brasil

RAIS: Prazo de Entrega vai até 8 de Março

A Declaração Anual de Informações Sociais serve de base para o levantamento do mercado formal de trabalho brasileiro, realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego Todos os estabelecimentos que mantiveram funcionários em algum período do ano de 2012 têm de entregar, até o dia 8 de março, a Declaração Anual de Informações Sociais (Rais), ano-base 2012, para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de acordo com determinação publicada na edição de 9 de janeiro de 2013 do Diário Oficial da União (DOU). A apresentação da Rais também é obrigatória para as empresas inscritas no CNPJ, exceto os microempreendedores individuais, que não mantiveram empregados no ano passado, mesmo na condição de inativa. Por meio da Rais, onde são incluídas informações sobre vínculo empregatício, remuneração, grau de instrução, data de nascimento e nacionalidade dos trabalhadores, entre outras, o ministério realiza o levantamento anual do mercado formal de trabalho. “O contribuinte que não entregar a declaração no prazo estabelecido ou prestar informações falsas ou equivocadas paga multa de, no mínimo, R$ 425,64, mais R$ 106,40 por bimestre de atraso”, esclarece Valéria de Souza Telles, professora dos Cursos Contmatic, promovidos pela empresa homônima desenvolvedora de softwares administrativos, contábeis e de gestão (ERP). Para informar e auxiliar contabilistas, empresários, advogados e profissionais da área de gestão de pessoal sobre o correto preenchimento da Rais, principalmente, em relação às alterações introduzidas pela Portaria MTE nº 7/2012, a Contmatic promove, no dia 21 de fevereiro, das 14h às 18h, a palestra Rais – Relação Anual de Informações Sociais, na sede da empresa (Rua Padre Estevão Pernet, 215, Tatuapé, São Paulo/SP). A palestra esclarece, ainda, eventuais dúvidas sobre a declaração de encerramento das atividades, retificação e/ou exclusão da Rais, multas e penalidades, bem como uma apresentação do manual da declaração e suas novidade

Receita Federal implanta malha fina para empresas

Sistema permitirá que 4 milhões de empresas sejam informadas diariamente sobre inconsistências no pagamento de tributos federaisA Receita Federal coloca em prática ainda neste mês o sistema de malha fina para o contribuinte pessoa jurídica, por meio do qual as cerca de 4 milhões de empresas em atividade no país serão informadas diariamente sobre inconsistências no pagamento de tributos federais. A medida representará um reforço adicional para a cobrança de 41,9 bilhões de reais em débitos de grandes devedores. Para a Receita, a nova malha fina dará ao contribuinte uma percepção maior da capacidade de controle do fisco. Medida representará um reforço adicional para a cobrança de 41,9 bilhões de reais em débitos de grandes devedores "Com a percepção de que a Receita tem rigor na conferência dos tributos declarados, nós podemos aumentar a arrecadação espontânea... E uma malha fina vai influenciar o procedimento futuro do contribuinte", disse o subsecretário de Arrecadação do órgão, Carlos Roberto Occaso. O sistema de malha fina de empresas fará uma análise diária dos documentos obrigatórios de arrecadação de impostos das companhias com o objetivo de detectar tributos que foram declarados e não foram pagos. Quando inconsistências forem detectadas, a malha fina emitirá e enviará automaticamente um extrato ao contribuinte, alertando-o do ocorrido, em uma ação que representa um controle sistemático sobre o pagamento dos tributos. Occaso informou que esse sistema estava em fase de funcionamento experimental em São Paulo e que até o fim deste mês passará a ter abrangência nacional. TRIBUTOS ATRASADOS Balanço apresentado nesta quarta-feira pela Receita mostrou que em 2012 o órgão cobrou 143,3 bilhões de reais em impostos atrasados, mas conseguiu recuperar efetivamente 45 bilhões de reais, 11,5 por cento maior que o montante apurado em 2011. Do total recuperado, 41,2 bilhões de reais foram pagamentos feitos por empresas e o restante por contribuintes pessoa física. Para 2013, a estratégia de cobrança da Receita terá, além do reforço da malha fina de empresas, uma ação de cobrança direcionada a grandes contribuintes. O órgão selecionou 184 grandes companhias de diversos setores que devem 6,8 bilhões de reais em tributos atrasados e que serão objeto de ações especiais por meio da intensificação da cobrança. A Receita tem tentado aumentar a recuperação de impostos atrasados como forma de compensar parcialmente o resultado fraco da arrecadação corrente. Em 2012, a Receita teve alta na arrecadação real de apenas 0,70 por cento. (Por Luciana Otoni) Reuters

Pequenas empresas quebram por falta de gestão e inadimplência tributária

A falta de conhecimento técnico e o não pagamento de tributos são apontados pela coordenadora de gestão estratégica do Sebrae, Isabel Ribeiro, como alguns dos exemplos mais comuns que ocasionam falências de micro e pequenas empresas. “Há impostos como INSS, ICMS e IPI que requerem maior atenção. Muitas empresas deixam de pagar tributos da ordem de R$ 34 mensais que acabam virando uma bola de neve quando acumulados”, diz. Dentre os erros mais típicos, ela cita o desconhecimento de mercado com o posterior investimento em mercadorias que não têm boa saída, além da ausência de uma clientela forte. “É preciso ter atenção e cuidado quando abrir um negocio. A questão tributária pesa muito, mas a gestão empresarial é algo fundamental para a saúde da empresa. Ao se investir em mercadorias deve-se prestar atenção se há boa saída, bem como a organização, se munindo de notas e toda a documentação necessária para fins de apresentação fiscal e posterior deduções, além é claro de ter um bom contador. Há casos de pessoas que, visando minimizar custos, fazem o serviço por conta própria e de modo inadequado, o que gera mais dores de cabeça e compromete a vida da empresa”, pontua Isabel. Ela ainda critica os problemas associados a má gestão e ao mau gerenciamento. “É comum as pessoas abrirem um negocio de modo empírico, sem tomar conhecimento prévio com concorrência, mercado. A falta de um plano de negócios e a falta de responsabilidade de ser uma pessoa jurídica são fatores graves”. Estatísticas defasadas Ainda sobre a mortandade de empresas no país, Isabel chama atenção para a mudança da metodologia de dados aplicados nas pesquisas. Isabel Ribeiro diz que uma pesquisa por amostragem identificou que a sobrevivência das empresas na Bahia em 2011 era de 67,8% contra 82,4% em 2005. “Os dados de 2011 foram feitos com base no CNPJ ativo e inativo captado pela Receita Federal. Outra situação que merece cautela é que em 2005 não havia a figura do empreendedor individual que passa a existir em 2010 e pode-se levar em consideração que alguns gestores de empreendedores migraram de micro empresas, por força de mercado, se tornaram empreendedores individuais”, analisa. Isabel Ribeiro lembra que dentro do universo de micro e pequenas empresas no estado, pelo menos a metade é ocupada pelo empreendedor individual. “A própria flexibilização da lei ajuda”, justifica. A coordenadora do Sebrae ressalta a importância de regularização tributária e os riscos da inadimplência. “Se restringe muito o mercado de atuação e acaba por ser um dos fatores de falência da empresa. A inadimplência diminui o potencial de acesso ao mercado. Ele fica impedido de participar de licitações publicas e se cadastrar em grandes empresas como fornecedor”, alerta. Ela chama atenção para a utilização inadequada do capital de giro. Tribuna da Bahia

20/02/2013

Lançamentos sempre à vista



Por Alessandra Morita - 23/01/2013
Pesquisa mostra que, mesmo comprando lançamentos na Páscoa, o consumidor quer ainda mais novidades e pagaria um preço maior por elas. A notícia é boa, mas impõe desafios ao varejista







Se existe uma data movida a lançamentos, certamente é a Páscoa. Nada menos do que 84% dos consumidores afirmam que costumam experimentar novidades no período. Não é à toa que em 2013 os brasileiros pretendem colocar no carrinho 48% de novos produtos. A conclusão é de um estudo da consultoria OThink, com pesquisa da SSI, feito a pedido de Supermercado Moderno. O levantamento contou com a participação pela internet de 544 pessoas – 50% homens e 50% mulheres, de todo o País. Predominaram adultos entre 25 e 44 anos (51%) e as classes A e B (71%). O estudo também apontou que 96% do público gostaria de encontrar ainda mais novidades, o que é curioso, uma vez que há muito esforço das indústrias nesse sentido. "Existe uma grande valorização das novidades principalmente porque a maioria dos ovos adquiridos é para presentes. Só em 2013, 66% da compra terá essa finalidade. O supermercadista precisa analisar, em conjunto com seus fornecedores, por que o brasileiro tem essa percepção de que ainda são necessários mais lançamentos", avalia Wagner Pereira, gerente de inteligência de estratégia da OThink. Segundo ele, existem duas possibilidades. "Ou o problema é a exposição, pois o cliente não está identificando as novidades, ou a indústria ainda não está suprindo os desejos do consumidor com o que coloca no mercado", diz.
Vale a pena entender a questão. Primeiro porque os super e hipermercados são o principal canal onde as pessoas vão realizar suas compras de ovos de chocolate (86% dos consumidores). Depois porque os lançamentos realmente movimentam a data. Segundo a Hershey's, só em 2013, esses produtos deverão responder por 15% do faturamento da marca no período. "O ideal é que eles estejam bem expostos nas parreiras. Como são novidades, convém utilizar os espaços de maior destaque, para o consumidor encontrar os produtos com facilidade", sugere Victória Gabrielli, gerente de marketing da Hershey's. Para Marco Quintarelli, consultor do Grupo Azo, abordagem é fundamental para atrair o público para os lançamentos, uma vez que a compra é feita por impulso. E é importante também manter as parreiras permanentemente abastecidas.
Por outro lado, quando o lançamento está na mídia, é comum as pessoas procurarem por ele na loja. É o que afirma Udo Wandrey, gerente comercial da rede Archer, oito lojas em Santa Catarina. "As novidades são as primeiras a acabar. Até porque os fabricantes limitam a compra delas a uma determinada quantidade. Como temos um bom relacionamento com os fornecedores, eles separam uma cota para nós", diz. Há cerca de cinco anos, a rede decidiu concentrar o mix nas três marcas de maior giro – Nestlé, Garoto e Lacta. Outro dado da pesquisa é a disposição de 83% dos consumidores em pagar mais pelos lançamentos. Desses, 56% aceitariam um preço entre 6% e 10% superior. "Mas isso não significa que é possível elevar a margem de qualquer novidade", diz Pereira, da OThink. "Tudo dependerá do atributo do produto. Se a inovação for grande e valorizada pelo cliente, é possível. Mas se for simples, como uma mudança na embalagem, dificilmente dará para elevar o preço", explica.


 


Trabalhar com uma margem igual à dos demais ovos de chocolate é a política do Archer. "Em função do nosso posicionamento, de ter sempre preços lineares em todas as categorias, evitamos promoções de ovos. Só reduzimos preços quando é necessário acompanhar a concorrência", diz Wandrey. A rede opera com margem líquida de cerca de 18% nos ovos. "Mas nos últimos dias, para acompanhar as lojas vizinhas, chegamos a 8%". Para Rodrigo Esteves, gerente nacional de trade marketing da Ferrero Rocher, as promoções são importantes quando cumprem o papel de antecipar as compras pelo público. "É uma forma de diminuir a concentração dos últimos dias e também de calibrar o volume de vendas, reduzindo as sobras", afirma. Quem concorda é Pereira, da OThink. "Promoção é uma ferramenta de ajuste de demanda", conclui. Portanto, nada de queimar margens.
O consumo de ovos de Páscoa vai voltar a crescer neste ano. Segundo a pesquisa OThink/SSI, feita a pedido de SM, aumentou o percentual de pessoas que vão comprar mais de seis ovos. A maior alta está entre os que se dispõem a adquirir de 10 a 15 unidades: 13% em 2012, contra 21% deste ano – uma alta de 8 pontos percentuais. "O principal motivo é a mobilidade social, promovida pelo aumento de renda", afirma Wagner Pereira, da OThink. "Não podemos esquecer que o brasileiro é otimista. Sua expectativa é de sempre melhorar e adquirir mais." Ubiracy Fonseca, vice-presidente de chocolates da Abicab, entidade que reúne os fabricantes do setor, afirma que, com a melhor distribuição de renda, quem ia presentear apenas os filhos passa também a comprar para sobrinhos e amigos. Já Quintarelli, do Grupo Azo, lembra que, na Páscoa, o apelo à indulgência é maior. "O ovo de chocolate é também um prazer para a pessoa", afirma. A pesquisa também mostrou que, em 2012, 72% dos respondentes compraram todos os ovos em um único local. Esse percentual é alto porque normalmente a decisão de compra acontece na loja. "Os super e hipermercados trabalham com várias opções, e o consumidor tende a se adaptar ao sortimento exposto. Isso só muda quando a pessoa está atrás de algo específico", diz Pereira, da OThink. Entre os 27% que diversificaram o estabelecimento, 75% se dirigiram a outra loja para comprar o que faltou. O percentual pode ser pequeno, mas existe aí uma oportunidade de abocanhar uma fatia maior das vendas. Por isso, comece a planejar sua Páscoa atento à diversidade, ao alto giro e, claro, às novidades.
O PESO DOS LANÇAMENTOS NAS VENDAS
Entender que tipo de novo produto é o mais procurado ajuda a compor o mix e a exposição
» 84% dos consumidores compram novidades
» 48% das compras de ovos em 2013 serão de lançamentos
» 96% gostariam que os fabricantes lançassem mais produtos



















83% estão dispostos a pagar mais por lançamentos. Desses, 56% gastariam de 6% a 10% mais
VENDAS CRESCEM EM 2013
Com a intenção do brasileiro de adquirir mais ovos, é preciso reforçar os pedidos junto aos fornecedores